Design & UX

Como entregamos um produto valioso utilizando as metodologias do Design Thinking — Capítulo 2

Nesta série dividida em três capítulos, nós, designers da Jera, relataremos nossa experiência com o projeto New App. Pelo qual utilizamos técnicas do Design Thinking e trabalhamos em conjunto com os desenvolvedores durante todo o processo de design.

No capítulo anterior contamos como surgiu a oportunidade de trabalhar no projeto New App e o árduo processo na escolha do nome da nossa ferramenta de gerenciamento de projetos, Active Collab.

Neste capítulo diremos como trabalhamos na resolução da falta de engajamento do cliente da Jera com a nossa ferramenta de gerenciamento. E o erro que cometemos que deixou nosso cliente desapontado.

Capítulo 1

Capítulo 3

Processo de Ideação — produção do app para nosso cliente

Decidido o nome e alguns problemas internos solucionados, era a hora de focarmos na falta de engajamento do cliente com a ferramenta de gerenciamento.

Desde o início do projeto, batemos na tecla que a solução poderia ser um ajuste comportamental e não necessariamente um app, mas a mão dos devs e designers coçavam para “codar” e “leiautar” e a vontade era desenvolver um aplicativo. Esta ansiedade acabou se tornando um erro, que iremos relatar mais a frente.

Resolvemos desenvolver o app, porque percebemos que ele seria um facilitador para os clientes, que em sua maioria estão ocupados e não conseguem parar, sentar em frente a um computador e acompanhar todo o processo de seu projeto. Com isso, nos concentramos em funções básicas e que gostaríamos que tivessem o engajamento do cliente:

  • Acompanhamento das discussions (conversas);
  • Pendências do próprio cliente;
  • Alternar projetos;
  • Acompanhar projetos;

Após a definição das funcionalidades, começamos a rabiscar, devs e designers desenhando e colocando suas ideias no papel. Colhemos, misturamos e discutimos as soluções, chegando a um resultado que todos julgaram a melhor alternativa.

Processo de Prototipação

Com a sensação de ter feito a escolha perfeita. Largamos o lápis e o papel e botamos a mão na massa.

Talvez por costume, dividimo-nos mais uma vez em designers e desenvolvedores, cada um sentado no seu cantinho, fazendo o que melhor sabe fazer, antes mesmo de validarmos as hipóteses apontadas. Enquanto os devs “codavam”, nós designers terminávamos de montar o protótipo (sem código) no InVision com todas as telas e simulações.

Tela principal do nosso primeiro protótipo
Tela principal do nosso primeiro protótipo

 

Primeira fase de testes

Protótipo pronto era a hora de validá-lo. Buscamos testar com pessoas próximas, pois infelizmente não foi possível entrar em contato com o nosso público alvo (clientes).

Para realizar os testes, chamamos alguns colegas e familiares para serem nossa “cobaias”. A metodologia que empregamos baseava-se em um roteiro no qual descrevíamos um cenário e tarefas que usuário deveria fazer para cada funcionalidade que queríamos por em prova.

Em uma sala privada, uma pessoa da equipe fazia o papel de facilitador, responsável por ler o roteiro e comunicar-se com o usuário e outro era o observador, responsável por analisar as ações e expressões do usuário. Para cada funcionalidade cronometrávamos o tempo.

testes com usuarios

Infelizmente o resultado não foi o esperado. A maioria dos usuários se perdiam e não conseguiam realizar a tarefa da forma que queríamos. Até mesmo para um usuário com grande afinidade com interfaces de aplicativos móveis, demorou cerca de cinco minutos para realizar uma funcionalidade. Não houve nenhuma atividade onde a média tenha sido menor que de 1min30s.

Entrega da sprint


Com o resultado nada bom, fomos apresentar tudo o que foi feito para o Jeff e o Ney que não gostaram do que foi entregue. E ainda levamos uma “bronca”, porque não focamos em soluções que estavam previstas, e por não trabalharmos efetivamente junto aos desenvolvedores, que começaram a “codar” antes de validarmos as hipóteses por meio do protótipo.

Depois de entregarmos um trabalho nada satisfatório, entendemos que deveríamos trabalhar juntos até chegarmos a uma solução ideal.


No último capítulo da nossa jornada, contaremos o que fizemos na terceira sprint para corrigir nossos erros. Como foi o resultado da segunda fase de testes e se os nossos clientes ficaram satisfeitos ou não com a solução que entregamos.

Autores: Carol Cabral e Vinicius Rocha

 

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